terça-feira, 16 de março de 2010

Florence + the Machine




Nunca pensei ser capaz mas esperei e... Aqui está! Tudo autografado! Desde o bilhete, ao álbum! Não esquecendo a agenda!





Valeu o frio e os cigarros todos! Valeu o "Roadie" mal disposto e o susto da janela do tour bus! Valeu as dores nas costas e os dedos congelados! Valeu tudo para conhecer, ver e tocar na artista mais doce, meiga e carinhosa de sempre! Mesmo com seguranças idiotas a tratarem-nos mal e a gozarem connosco, por estarmos ali á espera. (Embora o, suponho, guarda costas dela se tenha virado para um deles e dito: "Be nice to them., okay? Be nice, they're not doing anything wrong." com ar de que se o português não o fizesse provavelmente iria apanhar uma solha e depois se voltasse para nós com o maior sorriso do mundo, naquela cara ja enrogada e desgastada do trabalho e noites mal dormidas.) Nada importou!

A musica, o ritmo, os passos, a dança, tudo para ti! Tudo contigo na minha cabeça! Tudo contigo no meu coração e nos meus lábios! Cada palavra murmurada dos lábios dela, um momento nosso! Desde a vibração do meu corpo, até ao ritmo da minha voz, por ti! Para ti! Dediquei-te todas as musicas, todos os sons! Todas as palmas e movimentos do meu corpo!

Ali dancei, ali deixei cair uma lágrima ao ritmo da mais terna musica, a minha musica, de mim para ti. Deixei cair todas as barreiras e deixei-te entrar no fundo do meu ser, tu, mais ninguém. Senti os teus braços à minha volta, o teu respirar no meu cabelo, o teu beijo na minha face e na minha boca. A tua mão na minha. Ali fizemos amor, sem tu saberes.

Então entendi. Tu e eu, somos um só ser. Um só amor. Não trágico como Romeu e Julieta, mas somos capazes de morrer por ele, eu pelo menos só. Lutar contra a maré, varrer meio mundo como um tufão e no final... amainar e assentar.

Quanto ao concerto...
Só visto, só sentido! Ela tem uma força enorme! É uma guerreira na pele de uma menina de olhar inocente e coração de manteiga! LINDA! LINDA! Tão perfeita que até dá medo de tocar.

Ritmos fantásticos, voz deslumbrante e uma sensibilidade extrema para com o publico. Abraçou uma das raparigas que conheci, que teve a sorte de ficar mesmo à sua frente. Viu-a chorar, na sua camisola de "Florence Welch is my hero", fiquei tão feliz pela rapariga, nem imaginam! Abraçou-a, deu-lhe uma flor e, no final do concerto, certificou-se que, a baqueta, ficava na mão dela!

Dançou, rodopiou, saltou, ela é incrível em palco! Uma energia enorme e contagiosa!

Aula Magna, pff! Pessoas sentadas? Impossivel! Com ela não dá!
Ela ficou claramente impressionada com a nossa distancia para com ela, não gostou, queria-nos perto, perguntou se tinhamos mesmo que estar longe dela, longe do palco. Pediu-nos para que fossemos ter com ela, porque nos queria perto, porque nos queria ver e tocar. Pediu-nos para nos levantarmos e irmos até ela, nós fomos. Mesmo com seguranças carrancudos e dois metros até ao chão, do outro lado da separação de zonas. Ficou claramente radiante, adorou-nos como publico, ficou chocada até com a nossa vibração positiva para com ela, com as palmas, com os pulos e gritos, agradeceu-nos comovida, dizendo que eramos um bom final de tour, que foi uma surpresa agradável e nunca tinha visto publico tão dedicado.

Miss Florence conseguiu fazer o que nunca vi nenhum artista fazer, ela tocou cada pessoa do publico, beijo-nos a todos com a sua musica e acariciou-nos, mimou-nos até, como publico, foi um concerto único e magico.

Ela nasceu para a musica, ponto. Ela tem uma voz... enfim, sem palavras.



Sabem o que mais gostei nela?

Estava descalça.

Eu sei que ninguém liga a estes detalhes mas eu sim. Ela estava descalça, estava em casa, a fazer o que gosta, a beber chá e a falar, a amar, pessoas que a deslumbravam. Descalça. Os pés branquinhos, na madeira e dançava, agitava-se e dava voltinhas sobre si mesma, no seu maravilhoso vestidinho branco.

Não sou como as pessoas que ouvi falar, não consigo ver nada sexual nela, nem mesmo as pernas desnudas, nada! Ela é, sei lá, uma musa... Uma musa inspiradora que, juntamente contigo, me puxou para cima e me deu forças! Raise it up, diz ela! E assim fiz! Tive pena de não lhe ter dito que ela me ajudou bastante e me inspira no meu trabalho artistico... Bem, ficará para uma proxima.




Melhor concerto de sempre, só gostava que lá estivesses comigo para partilhar.

Um dia estarás.

sábado, 13 de março de 2010

Coelhinho, meu coelhinho



Sonhei contigo, coelhinho, tinhas os olhos castanhos, brilhantes e serenos.
Olham para mim e sorrias , desdentado.
Tinhas um ninho de cabelo castanho à frente, muito ralo.
Sentei-te ao meu colo e tu brincaste com o meu colar, babando-o todo, como o teu primo me fazia quando era pequeno. Agora já não é mas tu bem sabes.
Abanaste os pés, contente e olhaste para mim com o fio na boa, talvez soubesses que estavas a fazer algo maroto mas não te importaste.
Riste-te quando eu sorri e soltaste um guincho estridente, batendo com as mãos no meu peito.
Estávamos sentados à beira rio e tu ouvias as gaivotas e voltavas a cabecinha à sua procura.
Beijei-te o cabelo e senti o teu cheiro adocicado.
Deixaste o colar, preferiste a mão, babaste-a com todo o gosto.
Deviam ser o dentes, que provocavam dores e comichão, senti-o por ti e abracei-te contra o peito.
O banco de pedra onde estávamos sentados estava morno do sol, embora a aragem fosse fresca.
Pessoas passavam e diziam-te "olá", tu rias-te e fazias "adeus" com a mãozinha rosada e pequenina.
Alexandre, era o teu nome.
Até ao dia, meu amor.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia da mulher? É todos os dias!


Para quem leu o Metro e, como eu, leu a Crónica de Rui Zink, professor e escritor, achei que deveria posta-lo aqui, porque é uma realidade:



"O que sempre soube das mulheres, mas tive à mesma de perguntar.
"

Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que te tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de bondade tornam-se mesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos - elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco."



Crónica de Rui Zink, professor e escritor.

Intolerancia e preconceito


A intolerância das pessoas espanta-me.
Sinceramente.

O ser humano é o animal mais estúpido e ignorante à face da terra.
Somos mesmo um bicho do mato, que não sabe ver para além do próprio nariz e, que tudo o que é diferente de nós, é nada mais do que algo mau e, ou também, errado.

Desde o homem que não se levanta do assento da camioneta para dar lugar à gravida, até ao mulher que se recusa a fazer o mesmo, apesar de saber, por experiência própria, que a gravidez custa na coluna e é perigoso numa camioneta que se balanceia em cada curva.

Indigna-me. Irrita-me solenemente. Dá-me nojo.

Lembro-me de ter aberto os pontos da mão, quando numa travagem me tentei agarrar ao varão gordurento de uma 206. Doeu mas ao menos a idosa a quem dei lugar não caiu, como teria acontecido se estivesse de pé, no lugar onde estava.

Como é possível virar a cara e não dar lugar a quem precisa? Pesa assim tanto o raseiro e o ego a estas pessoas ignorantes e egoístas? Não compreendo.

Há casos e casos, claro. Uma mulher com bebe de colo, não devo, embora possa, ceder um lugar a uma idosa. Ou um jovem com uma perna ou braço partido, não deve, embora possa, dar lugar a uma criança. Mas e os restantes? Terão também crianças de colo ou um membro partido?

Não me parece.

Ver jovens da minha idade, virarem a cara e ignorarem, uma mulher gravida, ou uma criança de 3 anos? Um pai ou mãe, já maduro, não repara nisso também? Porque viram a cara?

E toda a gente me olha surpreendida, quando me levanto para ceder o lugar aos que precisam.

Sim, porque eu, com o meu aspecto estranho, austero e de quem não bate com o baralho todo, levanto-me. A tua prestabilidade súbita e um "eu ia-me levantar agora" ou "eu ia já sair na próxima", quando a pessoa que precisa se senta e ocupa o meu lugar.

Mesmo que eu esteja cansada, mesmo que esteja carregada de sacos do super-mercado, mesmo que esteja com uma dor de cabeça horrível de ouvir a musica irritante de um telemóvel nos bancos de trás. Levanto-me, porque a pessoa precisa mais que eu.

E depois se uma pessoa, tem o azar, de ser mais forte e ocupar um bocadinho mais de banco, meu deus! Santo senhor dos céus, que a criatura é "baleia" e não respeita o proximo, "talvez devesse fazer uma dieta que aquilo até dói á vista" ou talvez "Que horror, nem sei como arranja roupa para aquele tamanho!".

Fico possessa. Deixo de pensar e as palavras saiem-me da boca mais rapido do que as consigo conter: "Mas você tem algum problema? Será que todo o cuidado com que come e a vontade que em de ser magra, lhe atrofiou o cerebro?".

Silêncio.

Suspiro e olho para a rapariga que parece à beira das lagrimas e digo-lhe, com toda a sinceridade e amor pela dor dela, a mesma dor que partilho com ela: "Sabe, não tem culpa de ser uma mulher mais forte. Não somos gordas, somos belas. Mais belas que eles, que só vêm caras na sua vida miserável na procura de serem quem não são. Não chore por si, chore por eles, por serem ignorantes e preconceituosos, porque não sabem o que é a dor de ser diferente entre iguais ou são tão mesquinhos nas suas vidas de cusquices e "familias perfeitas" que nem vêm a porcaria que são, por dentro e por fora."

"Obrigada.", sorri.

Depois penso na impaciencia das pessoas quando um cego entra com um cão num café e este se senta ao lado do dono, obdientemente, enquanto ele bebe o café sentado numa mesa. O dono diz-lhe que tem que meter o cão na rua.

Pergunto-me então quem é o cego afinal: Se o dono do cão, se o dono do café que não tolera a cegueira dele e não tem um pingo de compaixão agora que já tem o dinheiro na caixa.

Novamente, sinto o sangue a frever. Não tenho pena do cego, acho que eles são mais fortes que nós, que temos as capacidades todas.

Um "Que estupidez deixar o cão entrar, não sabe ler o sinal? Ah, espera, é cego.". Risos.
Outro "Porque é que não toma o café na esplanada? Assim não incomodava ninguém, nem tinhamos que levar com o cheiro a cão molhado." Sim, porque está a chover.

As vezes sinto que sou louca, talvez mesmo passadinha da cabeça, sou a unica pessoa que entendo o homem? Sou a unica pessoa que não vê necessidade de tal confusão porque um cego está acompanhado de um cão guia? Sou a unica que não ouve o cão fazer um unico barulho, nem lhe sente o "cheiro a cão molhado"? Indignam-me estas coisas.

Não consigo calar-me e saí sempre alguma palavra mais alto e todo o café se cala.

"Será que são assim tão cego e egoistas que não vêm que o homem PRECISA do cão para a sua vida diaria? Será que são cinco minutos da vossa tão preciosa vida que estão a perder porque um ser semelhante a vocês PRECISA de uma excepção? Não estamos a falar de uma senhora com um caniche debaixo do braço, estamos a falar de um cego. Ah esperem, talvez se a senhora fosse fina e bem vestida, mesmo que o cão fosse mal-cheiroso e cheio de pulgas, poderia entrar... mas agora que é um cego..."

Silêncio de novo.

"Acabou de perder uma cliente e, aprenda uma coisa: quando um dia for você ou os seus, talvez veja o mundo com outros olhos."

Toco na mão do cego e digo-lhe "Obrigada por ser diferente". Dou uma festa ao cão, o resto do meu bolo e ao ouvir um "Obrigado" do homem a seu lado, saio porta fora.




Obrigada eu, as pessoas que aparecem na minha vida e que me mostram o quando sou diferente das mentes mediocres deste pais. Não sou mais importante, apenas tenho noção da dor e do preconceito e por isso mesmo, trato os outros como gostava que me tratassem a mim. Não sou mais, nem melhor, sou apenas eu.

Não sou uma heroína, não sou uma justiceira, apenas se puder fazer a diferença e ajudar alguém, faço-o. Era o que todos deveriamos fazer.

sexta-feira, 5 de março de 2010


Brida e O Diario de um Mago, já foram!

Agora, estou a ler o Chocolate, que vale sempre a pena reler para depois passar para o Sapatos de Rebuçado.

Livros ternurentos, mesmo...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Parabéns ao André e a quem ama animais...

Parabéns ao André.
Haja boa gente, ou pelo menos, seres humanos conscientes de que os animais são como nós, de carne e osso, também sofrem e também precisam de ajuda.






Eu mesma já passei pelo tormento de tentar garantir que um animal tivesse uma vida digna, ou diga-se, 2 cadelas adultas e 6 cachorros.

Tudo começou com a minha saída de casa para a escola.
Normalmente, como todos os dias, as 5 e meia da manhã, eu levantava-me e metia-me nas pantufas. Tomava o meu merecido banho e vestia-me para, garantidamente, apanhar a camioneta das 6:30.

Este dia teve um pequeno desvio.

Ao chegar ao fundo da rua, que é um entroncamento, bastante movimentado, vejo três coisas peludas e minúsculas no meio da estrada.
O meu coração parou, os nervos tomaram conta de mim e desatei a correr, desenfreada pela estrada dentro, sabe-la com que perigo de ser atropelada por um autocarro ou um condutor mais despistado.
Consegui apanhar os dois primeiros e ao o terceiro já foi mais complicado. Felizmente, o condutor do camião viu-me e parou, mesmo numa rua a descer e com risco de perder carga. Deixou-me passar e perguntou se estava tudo bem e o que raio andava a fazer.
Admito, se tal acontecesse atropelamento acontecesse, que se salvassem os cachorros!

Havia gente no passeio, ninguém se mexeu, ninguém que estava na paragem, tentou ajudar. Ficaram só a ver. A observar a vizinha de aspecto estranho, que toda a gente julgava ser maluca, bem, agora já tinham a certeza.

E agora? Que faço eu, na segurança do passeio com três cachorros nos braços, que me olham como se fosse o mundo para eles? Então acordei para o que tinha feito e suspirei, começando a fazer perguntas a mim mesma: Onde os deixar? Como os levar? Levo-os comigo? Procuro-lhes donos na escola? Deixo-os num terreno? Impensável! Mesmo sabendo que iria ouvir gritos do outro lado do telefone, ligo ao meu pai, peço-lhe para pegar neles e deixa-los na garagem. Oh, dito e feito! Lá veio o discurso mas, sinceramente, nada do que ele me pudesse dizer me iria afectar e me fazer sentir mal, quando tinha acabado de salvar a vida a 3 preciosidades! (Nem sabia eu o que vinha a seguir!)

Deixei-os numa caixa de cartão, fechada, perto do café da rua e fui para as aulas, já bastante atrasada. Passei o dia a pensar neles e, mal deu o toque da ultima aula, raspei-me a correr para casa, passando pelo super-mercado a comprar-lhes comida, que se lixasse a mesada, as saídas e o café pela manhã!

Na garagem estavam as minhas pérolas. Já tinha conseguido sair da caixa de cartão e já tinha feito as necessidades pela garagem fora. E ainda bem que a garagem tem casa de banho! Consegui limpar tudo antes do meu pai chegar, ao ponto de me fazer um bocadinho menos a cabeça e a consciência em papa. Eu tinha seguido o meu coração, não havia nada que ele me pudesse dizer que me fosse magoar ou mandar abaixo.

Tinham sido abandonados, fora naquela mesma caixa de cartão que alguém os tinha deixado na rua, ao frio e à chuva, sem consciência dos perigos e da morte horrível que poderiam ter tido, se não fosse aquela miúda maluca e ir busca-los ao meio da estrada.
Tinham agora uma caminha, comida e agua, e saí, prometendo-lhes que voltaria dentro de pouco tempo.

A garagem fica na rua abaixo da minha casa e entre os prédios, há um terreno baldio. Pelo canto do olho vi uma coisa a mexer-se no chão, parei e qual não foi o meu espanto, vi um dos cachorros cá fora. Que raio? Mas como é que tu saíste?

Quando me dirigi a ele é que entendi, não era um dos que estavam na garagem, eram outros, acompanhados de duas cadelas já adultas. Não podia levar aqueles para o armazém, muito menos as cadelas adultas, porque não as conseguia agarrar e uma dela estava num estado deplorável, que juro, se tivesse apanhado quem as abandonou que os matava ali, fossem quem fossem.

A mãe, uma cadela magnifica, embora muito magra, não deveria ter leite já. Tinha as maminhas inchadas e deitava-se de lado, porque deveria ter dores. A outra cadela, muito mais pequena, de pêlo aspero e castanha, via-se perfeitamente o problema: cancro.

Devo ter ficado imenso tempo, sentada no chão, a chorar, ao descobrir esta face oculta da situação. Não podia ficar ali, tinha que agir e asim o fiz, gastei o dinheiro que ainda tinha para comer, num saco de ração e fui ao lixo procurar-lhes um caixote de cartão ou varios, para que pudessem dormir. Fiz tudo isto, sabendo que iria chegar a casa e ouvir as bocas do costume, o sermão do costume. Mas para quê ligar? Tinha feito uma boa acção, tinha seguido o coração, nada mais imporava.

Lembro-me de ter cortado os dedos numa lata de comida para eles, com a pressa de os alimentar e de ver o quanto estavam esformeados. Lembro-me de cair e esfolar os joelhos, rasgar as minhas calças favoritas quando descia a rampa que dava para o terreno. Lembro-me de apanhar pulgas, de ficar arranhada das urtigas e de cair inumeras vezes quando já era de noite e não havia luz. Mas nada disto doia, quando me lembrava porque o estava a fazer.

Pessoas vinham e iam, deixavam-lhes comida, eu não estava sozinha na minha luta. Pus anuncios na internet, no jornal, no café da rua e até numa padeiria ao pé da escola e teria posto na minha escola, se o director não me tivesse proibido, o que foi um facto ridiculo, porque tinhamos dois cães abandonados que a escola adoptou. Antes meter cartazes sobre visitas de estudo de final de curso, a tentar encontrar donos para cães, obviamente.

Foram indo, um a um. Não desisti até terem ido todos os da garagem, e consegui! Já os outros, as pessoas levaram-nos e, até aquele vizinho que ninguém gostava, que sempre resmungou com tudo e todos, deixou a cadela que tinha cancro, morrer com dignidade no seu quintal, com um cobertor e comida. Não podiamos fazer nada por ela, ninguém foi capaz de a mandar "adormecer".

A mãe desapareceu, nunca mais soube dela. Ainda vejo as vezes, um dos cães, já adulto mas gostava de puder saber de todos, nem que fosse por um só segundo.


Morri e vivi por aqueles cães, se sobreviveram, orgulho-me do que fiz e faria-o de novo, mesmo que desta vez fosse atropelada, mesmo que me cortasse, esfolasse e magoasse de novo.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?


Hoje resolvi ser activista e postar um pequeno comentário sobre isto:

"No entanto, não foi ainda dado um passo semelhante no âmbito da parentalidade. É claro que casamento e parentalidade são questões substancialmente distintas e que casamento não implica parentalidade, assim como parentalidade não implica casamento. Mais: falar de parentalidade exige uma mudança de prisma.

Falando de crianças, é evidente que a preocupação fundamental é o seu bem-estar. Mas essa é precisamente a razão que nos obriga a analisar todas as questões relativas ao exercício da parentalidade por casais de pessoas do mesmo sexo com seriedade e com responsabilidade.

Desde logo, há um consenso científico nesta matéria. Órgãos colegiais de Pediatria, Psicologia, Psiquiatria, Medicina Familiar e Serviço Social dos EUA, com acesso a toda a investigação produzida e com a capacidade de averiguar a sua credibilidade, endossam sem hesitações o exercício da parentalidade por casais de pessoas do mesmo sexo, realçando a importância das sinergias familiares e não das estruturas.

Por isso, de forma responsável, vários países da Europa legislaram em conformidade, havendo até mais países cuja lei reconhece o exercício da parentalidade por um casal de mulheres ou por um casal de homens do que os que permitem o casamento.

Já Portugal impede – desde 2001, com a Lei das Uniões de Facto – os casais de pessoas do mesmo sexo de se candidatarem à adopção de crianças institucionalizadas e de se submeterem ao crivo dos serviços de adopção.

Em 2006, a lei que regula as técnicas de procriação medicamente assistida (PMA), mesmo sendo restrita exclusivamente ao âmbito da infertilidade e do direito à saúde, veio também impedir o acesso a estas técnicas por casais de mulheres ou por mulheres solteiras. Mas a lei não impede a realidade.

E a realidade é que, no Portugal de hoje, muitas crianças já são educadas por casais de lésbicas ou de gays – basta pensar que a PMA está disponível para qualquer mulher em Espanha ou que a adopção individual é permitida em Portugal.

Não estamos, por isso, a falar de realidades distantes ou projectadas no futuro: há muitas crianças que crescem hoje em Portugal e que só vêem uma das suas figuras parentais ser reconhecida pela lei. Da escola ao hospital, a segunda figura parental não existe legalmente.

Estas são crianças que, em caso de morte da mãe ‘legal’, não terão qualquer vínculo legal à outra mãe. Estas são crianças a quem o Estado recusa a protecção legal que merecem.

As questões relativas à parentalidade são muitas e é responsabilidade de todas e todos nós garantir o bem-estar das nossas crianças. Vamos exercê-la?"

Paulo Côrte-Real


Presidente da ILGA Portugal


Ora, perante tudo isto e o que vejo diariamente, sendo que a maioria dos meus amigos e amigas, são, de facto e orgulho-me disso, homossexuais, tenho algo a dizer.

Não sou activista, nunca fui. Não sou de dar a cara, se bem que toda a gente sabe da minha orientação sexual e não é por isso que deixo que me pisem, nem na escola, nem no trabalho, nem mesmo na tasca do Sr. António!

Digamos que sei o que é sofrer na pele a discriminação por se ser diferente: Desde gostar também de mulheres, até ser gorda, porque é outra coisa deplorável da nossa sociedade e sabemos como as crianças/adolescentes sabem ser cruéis com as diferenças uns dos outros, pelo menos no meu tempo era assim. Porque ser-se gay ou bissexual é crime, ser-se gordo e feio, é ainda um crime maior.

Perante tudo isto:

Se a minha mãe fosse lésbica? Que tinha? Se o meu pai fosse gay? Que mal é que isso tinha?
Deixavam de ser meus pais? Reposta: Não.
Seriam o que sempre foram para mim, da mesma maneira, independentemente de quem gostassem, se fossem felizes isso sim, interessava!
Felicidade, gente! Amor! Que interessa mais na vida que isso?

Depois vêm os comentários: "Família é para toda a vida, um casamento entre um homem e uma mulher, com filhos, a típica família feliz! Se permitirem o casamento entre pessoas do mesmo sexo vem destruir o conceito de família!"

O quê? Estão a falar a serio? Família para toda a vida? Com a taxa de divorcios que há? Porque só entre um homem e uma mulher? Casamento, implica procriação como nosso senhor do ceu manda? Quantas famílias não têm filhos, porque não querem? Quantas mulheres e homens são vitimas de violência domestica em "casamentos perfeitos"? Conceito de familia? Homem, mulher e filhos? E as famílias que são avó, mãe e filhos? Ou tio, pai e filhos? Muda alguma coisa? As crianças "viram" gays?

Não sejamos ignorantes, por favor. Só se pedem DIREITOS e IGUALDADE onde não tem que haver sequer discriminação! Ninguém pediu para se vestir de banco numa igreja!

O que é preferível: Uma casa com amor e carinho ou instituição que não dá amor as crianças, ou até mesmo um lar onde elas são prostituídas, violadas, mal-tratadas e que sofrem de violência domestica?
Claro, a ultima opção, porque provavelmente a criança iria sofrer traumas por ter uma mãe e a sua companheira, ou um pai e seu companheiro, que lhe dariam o conforto e o amor que ela precisa para crescer.


E mais não digo, bom dia a todos.


Algo que gostei de ler em resposta a este Mopi.


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sabado paranormal


Há sempre alguém que nos faz pensar. Lembro-me sempre desta frase sempre que começo um texto. Enfim, algum significado há de ter.

Hoje passei o dia com uma velha amiga, falamos bastante. Temos algo em comum, ambas tivemos dissabores muito jovens e fugimos de casa. Isso e outra coisa, ambas temos uma ligação com o outro lado.


Eu, felizmente, a experiência que tenho é sensorial, nada físico. Só em sonhos é que tenho contacto e os enfrento, sejam quem forem ou o que forem.


Conversa, parva, não é?
Isto tudo por causa de uma conversa que começou com um filme, o "Actividade Paranormal", que já me tinham falado e acabei por ver em casa dela. O filme em si, não é nada de especial, é estranho sim mas não exageremos. Quando era mais novita, ficaria com medo e chocada mas agora, como já estou um pouco mais madura em relação a esses assuntos, passa-me um pouco ao lado, embora tenha sempre um certo receio, não é nada do que tinha há uns anos atrás.
Acabamos a falar de experiências delas e minhas, de pessoas que conheço ou amigos comuns com problemas nesse aspecto.
Falou-me de uma prima da mãe, a quem roubaram tudo, o marido e o filho, uma mulher que agora mal come, o que come vomita, que não se sente bem, sempre cansada, que só quer estar deitada e que uma senhora que trabalha nesta área, tem medo de tentar ajudar e que ela se vá mais abaixo.
Tudo isto me pareceu estranho até a minha amiga dizer que se sentia embuchada e arrotava imenso na presença dela, que tinha dores de cabeça e não se sentia bem. Aí a minha campainha tocou, todas as pessoas que conheço quando sentem alguém que foi enbruxado ou que tem alguma coisa "em cima", têm essa cadeia de reacções.
Em especial, o arrotar, o sentir-se enbuxado.
Eu sinto o mesmo quando toco em coisas que já muita gente tocou, ou pedras, livros e até mesmo pessoas.
Contou-me que lhe disse para lavar o chão com sal e agua e desfazer blocos de camfora nos cantos da casa, nisso concordei com ela, era o melhor que a mulher faria, ou isso, ou quando ela estivesse ao pé da minha amiga, que esta lhe desse a cheirar camfora, se for "bicho", ela vai ficar agitada mas ao menos vai ficar limpa.


É o mal de não lidar com as pessoas mas isso também me resguarda um bocado de os chamar para mim, que seria muito mau porque não sei lidar bem com isso. Ainda agora mesmo depois do banho que tomei, estou a arrotar que nem uma louca, sinto-me mesmo mal disposta. Não tem a ver com ela, tem a ver com as energias que acumulei em mim, estupidamente e quando penso no assunto, elas tornam-se mais notórias.

Cura ideia para energias a mais? Banho de chá.
Um punhado de erva doce, alfazema, 7 cravos da india, agua que baste para um banho de corpo inteiro, sal grosso (e no meu caso, pedras: citrino, quartzo fumado, ametista, Pedra da lua, olho de gato e enxofre).
Tudo cozido, numa panela e bem mexido com uma colher de pau, no sentido dos ponteiros do relógio.


Feito e sinto-me mais leve, embora o arrotar, não tenha passado, já ajudou no resto.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

De volta a Lisboa...


Saudades...

Que dizer?
Aquele momento à beira rio, mesmo com o frio, valeu tudo...
O teu olhar, o teu sorriso...
Cheguei e durante a viagem tive tempo de pensar em o que fazer para o tempo abrandar, o que fazer para ele parar quando estivesse enfeitiçada pelo seu abraço protector e apaixonado. O amor tem dessas coisas, faz o tempo andar depressa mas também o faz parar em certos momentos.
Gostei de ter conhecido melhor o Porto, apaixonei-me pelos pequenos momentos que paramos para conversar e comer tartes de nata, sim, porque só de pensar, foram umas dez, talvez mais até! Ai... Que saborosas...

Não sei explicar, esta vez pareceu tão mais relevante e tão mais forte a nível de compreensão mas talvez seja eu na minha mudança interior e tentativa de estabilidade emocional, visto que é isso que me andava a deixar fora de mim, uma estranha a mim mesma.
Ele ajudou-me, grande parte desta mudança, dou graças a ele e à sua paciência de ferro.
Sinto-me diferente, ajo de modo diferente para com ele, embora ainda vá demorar a deixar que esta pequena semente cresça e que as suas raízes me fixem a este lugar, dando como fruto o que sinto por ele.

Lembro-me de me doer o braço de carregar a mala mas não me importar com isso, porque estava com a minha mão na sua, quente e finalmente, segura. Beber café e nem provar o seu sabor porque só me importava com ouvir o seu riso, doce e harmonioso.
Ficar em silencio e sentir a sua alma ligada à minha, como um pequeno pedaço de céu, só nosso, onde estranhos passavam mas não existiam mesmo, senão mais como sombras porque no nosso mundo, éramos só nós, eu e ele, a caminhar, a respirar, a sorrir, a amar...
Até quando lutava com os lençóis para não ter frio e com o colchão para que ele não caísse, só me importava em sentir o calor do seu corpo e aconchega-lo nos meus braços, ouvindo seu coração...
Cada toque, cada beijo, cada nova experiência foi saudável, já sentia muito a sua falta.
Podia ter ficado ali a ver o por do sol, o rio Douro e os olhos dele, disso nunca me vou esquecer...

Ofereceu-me um colar maravilhoso, que já limpei e purifiquei, para que nunca deixe o meu pescoço, é como um pedaço dele que trago sempre comigo, um pedaço bem grande e físico agora, é o seu amor em tempos frios, a sua protecção na ausência física do seu ser. É ele em mim.
Nunca pensei que fosse isso, nunca pensei que tivesse tão bom gosto, nem ele se apercebeu do quando aquele momento significou para mim, até agora fico com um nó na garganta. O pendente é magnifico mesmo, o pequeno pentagrama discreto e forte ao mesmo tempo, os dragões que simbolizam duas almas após um atribulado caminho de vidas, finalmente unidos... Como nós, provavelmente, o somos...

Comi coisas que nunca pensei vir a comer e que me souberam muitíssimo bem! Por exemplo, redanho. Mas que é isso? Nada mais que a pele que envolve o bucho, ou parte do estomago, segundo me contou, que é cozinhada e reduzida a umas coisas pequenas e com um sabor maravilhoso a gordura, não estou a ser irónica! É mesmo uma delicia, ainda agora estou com agua na boa por causa disso!
Papas de sarrabulho, uma papa que leva figado migado, sangue de porco cozido, carne de porco desfiada e sabe-se lá mais o quê mas é igualmente uma iguaria maravilhosa!
Rojões e tripas! Nunca pensei gostar! Adorei!
A D. Natércia sabe o que cozinha e fa-lo bem! Deliciei-me completamente naquele almoço, acho que nunca uma comida tradicional do meu país me caiu tão bem.
Também se pode dever á liberdade que o meu espirito está a receber e ás mudanças que estou a sofrer, no bom sentido, sobre mim mesma. Abraçar oportunidades e arriscar, nunca me soube tão bem. Isto tudo regado com um gelado de kiwi fantastico, nada doce mas muito fresquinho.

Depois um passeio, a sós com ele, um passeio pelo seu jardim, com arvores que me dizem muito e ervas que me curaram no passado, com fragancias e cores vistosas. Tivemos direito a escolta, da sua fiel cadela, uma das mais bonitas exemplares de pastor alemão que já vi, com um pelo magnifico e um olhar puro e meigo.
Ovelhas que baliram para nós e uma lagartixa quando viravamos pedras, pedaços de quartzo e ardózia que agora foram limpos e descançam no meu altar e até uma pedra que significa parte de nós, uma parte sua e uma minha.

A despedida foi dolorosa, é sempre mas desta vez foi mais...
É temporaria, como sabemos, nada mais que temporaria porque o tempo vai passar rapido e estaremos de novo juntos e de mãos dadas...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Um espelho.


" Apesar de ter apenas vinte e um anos, já se tinha interessado por muitas coisas e desistido delas com a mesma rapidez com que se apaixonara. Não tinha medo das dificuldades - o que a assustava era a obrigação de ter que escolher um caminho.
Escolher um caminho significava abandonar outros. Tinha uma vida inteira para viver e pensava sempre que talvez se arrependesse, no futuro, das coisas que queria fazer agora.
«Tenho medo de me comprometer», pensou consigo mesma. Queria percorrer todos os caminhos possíveis e ia acabar por não percorrer nenhum.
Nem mesmo na coisa mais importante da sua vida, o amor, tinha conseguido ir até ao fim; depois da primeira decepção, nunca mais se entregara por completo. Temia o sofrimento, a perda, a inevitável separação. Claro, estas coisas estão sempre presentes na estrada do amor - e a única maneira de as evitar era renunciar a percorrer a estrada. Para não sofrer, era preciso não amar.
« É muito complicado, viver. »
Era preciso correr riscos, seguir certos caminhos e abandonar outros. Lembrou-se de Wicca a falar das pessoas que seguem os caminhos apenas para provar que não servem para elas. Mas isso não era o pior. O pior era escolher e ficar o resto da vida a pensar se escolhera bem. Nenhuma pessoa era capaz de escolher sem medo.
No entanto, esta era a lei da vida. Esta era a Noite Escura e ninguém podia fugir da Noite Escura, mesmo que não tivesse coragem para mudar nada; porque isso em si já é uma decisão, uma mudança."

É nada mais que um excerto de "Brida" do Autor Paulo Coelho, vejo-me em Brida, a jovem, sinto-me tão perdida quanto ela e há tantos detalhes que me descrevem a mim e à minha situação que é quase surreal. São estes pequenos momentos que nos fazem acordar e não ter medo da Noite Escura que é a nossa vida, porque a entendemos, ou começamos a despertar. Ter medo de escolher é ter medo de amar, não me posso permitir a isso, já sofri demais para deixar que isso controle a minha vida e me condicione. Se esperas por mim, se me amas, só tenho que me sentir confortada com a tua mão na minha.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tu

Ainda bem que me acordaste, deu-me que pensar, ouvir musica e ver que a nada importa senão tu e a tua opinião.
Desculpa-me se te fiz pensar o contrario.

Obrigada por tudo.

Desafio de Leitura?

Serão duas horas por dia, antes de ir dormir, já tenho saudades de ler e sei que me fará bem.

"O poder do agora" de Eckhart Tolle (Que estou agora a ler, a pedido da minha mãe).

"Intimas Suculências" de Laura Esquivel.

E de Paulo Coelho:

Ser Como o Rio que Flui

As Valquírias

Rio Piedra

Brida

O Diario de um Mago
Maktub

O demónio e a Senhorita Prym


Já que li o "Verónica decide Morrer" e adorei, embora tenha ficado de pé atrás com "O Alquimista".

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Uma caneca para mim... Uma caneca para ti...

Encontrei num blog e achei que deveria partilhar, parece-me algo simples e bem acessível de fazer, até mesmo para uma pequena guloseima depois de jantar. Ainda para mais que estamos perto do dia dos namorados, pode ser sempre uma guloseima a dois!

Ingredientes:
1 ovo pequeno
4 colheres (sopa) de leite
3 colheres (sopa) de óleo
2 colheres (sopa) rasas de chocolate em pó
4 colheres (sopa) rasas de açúcar
4 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo
1 colher (café) rasa de fermento em pó

Coloque o ovo na caneca e bata bem com o garfo. Acrescente o óleo, o açúcar, o leite, o chocolate e bata mais. Acrescente a farinha e o fermento e mexa delicadamente até incorporar. Coloque a mistura em 2 canecas. Leve por 3 minutos no microondas na potência máxima.

A medida de colher é sempre rasa. Pode servir este bolo com coberturas, caldas, castanhas, açúcar de pasteleiro e gelado. E pode comer quente! A massa crua é mais mole que a de um bolo normal. Não aumente a farinha ou terá um bolo duro!



Bom apetite!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cartas


«Não me conformo com a ideia de escrever; queria falar-te, ter-te sempre ao pé de mim, não ser necessário mandar-te cartas.
As cartas são sinais de separação – sinais, pelo menos, pela necessidade de as escrevermos, de que estamos afastados.»

- Fernando Pessoa









Porque és a estrela que ilumina o meu caminho e a mão que me sustenta quando este é negro.

Pequenos gestos... coisas simples...

Há sempre pequenas coisas que me fazem lembrar de ti. Coisas como o teu respirar suave contra o meu ouvido antes de eu adormecer... Ou o teu braço forte e pesado, sempre protector, sobre mim... Que saudades...

Perguntaste-me porque gosto de ti...

Bem...
Tratas-me com dignidade, não como um objecto.
És meigo e compreensivo.
Das valor aos meus sentimentos e sabes chegar até ao meu lado bom.
Aconchegas-me no teu casaco quando chove ou está frio.
Acordas-me com mimos.
Das-me a mão, sem ter que te o pedir.
Cuidas de mim.
Excitas-me o ego e a criatividade.
Das-me forças e motivos para viver e progredir como ser-humano.
Proteges-me com a tua aura de confiança.
Lutas por mim, mesmo que eu seja complicada.
Comunicas comigo, sobre tudo.
Tens um sentido de humor excepcional.

Havia tanta coisa que podia dizer...

Simples, amo-te...

domingo, 31 de janeiro de 2010

Rabbit Hearted Girl


Eu sei que sou assim, sou uma rapariga corpulenta e com ar de arrogante, talvez até, agressiva mas no fundo o meu coração é como um pequeno coelho, quente e frágil. Estou sempre vulnerável a ataques, mesmo que não o queira. Sei que esse dia vai chegar, o dia em que serei um lobo enorme e de pêlo grosso mas com um coração de coelhinho, lá no fundo. Acabamos por criar uma couraça à volta dele com o passar dos anos. talvez outros mecanismos de auto-defesa. Eu sei que sou simples, quando me magoa, eu afasto-me, quando desconfio eu reviro tudo qual furacão enraivecido à procura de uma resposta, quando magoada a sério, retiro e esqueço.

Esquecer, é a chave. Esquecer e morrer para o momento e para o passado. Tenho alguém agora, é nisso que tenho que me suster e apoiar, senão o fizer, quem o fará?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O destino é um Sr. Filho da Mãe.

O destino é mesmo algo que não se consegue questionar.

Ontem estava em baixo, muito em baixo, fumei imenso, passei o dia todo meio em estado de vigília, entre a dormência e o consciente activo...

Desenhei, desenhei, nada, não saía nada, acabava sempre por apagar tudo... Pedi para que houvesse alguém que me agarrasse a mão e afastasse a nuvem negra em cima da minha cabeça...
Uns tentara e estou-lhes muito agradecida... Depois lembrei-me de pessoas que pertenceram ao passado e com quem fui muito feliz na adolescência, amigos que morria para ver hoje, para conversar, abraçar e rir das idiotices de adolescente com borbulhas...

Nesta altura já tinha fumado um maço, já estava esticada na cama a olhar para o tecto faz algum tempo... Estes dias são os piores, bato mesmo no fundo, como se me atirasse para o poço de costas e em segundos estou lá de novo, com agua até ao pescoço e dentro dos pulmões...

Ele ligou-me falamos, descansei-o, quero que tenha um bom exame e fique bem, sem ter que se preocupar com estas minhas crises sazonais de depressão. Por vezes penso que ele merece melhor, que vou falhar visto já não ter a fibra que tinha quando era mais nova e inconsciente. Era diferente, eu mudei muito com os anos e isso desgastou-me imenso, tenho medo de já não ter estofo...

Mas há sempre alguém que aparece quando estou em baixo para me levantar, ou quando estou feliz para me arrastar para o fundo. Felizmente, foi alguém que sempre me levantou mesmo quando toda a minha vida estava mergulhada numa noite de breu.
Chegou de mansinho, pegou-me na mão e com um agitar de mão, afastou a enorme nuvem negra que eu tinha sobre a cabeça... Os anos e as pessoas afastaram-nos mas nunca destruíram a nossa genuína amizade. Se eu gritar no meio de um estádio cheio de gente, saberá onde estou. Se estiver num festival com muita gente, saberá onde estou.

Eu acredito que entre os corpos e as pessoas, corre um fio de vida, que nos alimenta, nos dá energia e nos conecta à mãe terra. Sempre imaginei isso, até mesmo de miúda, um fio translucido que nos saí do ventre e nos liga a outrem ao nosso lado, esse outrem a outro e assim sucessivamente, até que no fim, todos voltamos à terra, seja esse cordão umbilical, seja o nosso corpo de defunto.

Nós temos um fio extremamente forte que se um puxar o outro vai sentir, se um sofrer o outro sofre, se um rir o outro vai sentir uma felicidade extrema, é assim que funcionamos. É estranho, porque aparece nos momentos mais críticos da minha vida e, mesmo assim, depois de eu lhe dar tantas patadas, nunca desistiu de me tentar animar e levantar.

Sabe sempre tudo de mim, com quem namoro, com quem estou bem, o que estou a fazer, o que tenho ouvido de musica, e no entendo, não nos falamos faz meses, ou anos. Está feliz por mim, que encontrei uma cara metade mas sei que sente ciumes, porque sabe que é uma maneira na qual não me pode fazer feliz como o Pedro faz. Gostava que um dia se conhecessem, as duas pessoas mais importantes da minha vida, juntas.



Pedacinho do céu.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Frango com molho pseudo-bechamel

Bem, no outro dia foi salmão no forno com legumes ao vapor...
Ontem, foi frango com alecrim no forno e arroz branco...
Hoje foi frango com molho pseudo-bechamel, que não me lembro onde vi a receita original...


O que usei?
Os 2 peitos de frango que sobraram de ontem,
Alguma manteiga, que para mim é muita, porque adoro o sabor,
Meio copo de vinho branco, daqueles de cozinha,
1 cubinho de caldo de carne da knorr,
1 colher de sopa farinha,
Um pacote de natas
E sal e pimenta a gosto, claro!
Alecrim (Isto é totalmente opcional mas adoro a combinação).

Comecei por temperar o frango com o sal e a pimenta, depois de lhe ter dado uns golpes na parte de cima para ajudar a cozinhar.
Coloquei a manteiga numa panela, e juntei o frango mal esta estava derretida.
Juntei o vinho e o caldo de carne e deixei a cozinhar em lume brando uns 15 a 20minutos, com a panela tapada.
Tirei o frango para ver se já estava cozido e aproveitei para derreter mais manteiga e juntar a farinha, mais um pouco de vinho branco e o frango de novo. Deixei ferver, não saí foi de ao pé da panela.
Temperei mais um pouco com sal e pimenta e juntei as natas.
Depois acompanhei com umas cenouras que já tinha a cozer no vapor.


Simples, não muito dietético mas soube-me bem e as cenouras eram bem docinhas!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

I feel like a Rainbow Cupcake!

Sim, Sinto-me um queque arco-íris.
Estou a sentir-me feliz e com energia! Rwar!

Bem, tenho estado a pensar fazer deste blogue um pouco diário/receitas/RANDOMNESS... mas o tempo o dirá, tenho é que me lembrar de vir cá.

Primeiro, só de pensar que tenho que ir as compras para uma casa, até fico maluca! Sinceramente, acho que nem cama vou comprar, vai mesmo um estrado para não sujar o colchão. Vou simplesmente investir numa porcaria de um frigorífico, maquina-de-lavar e de um fogão, o resto que se lixe, sobrevivo bem sem as restantes coisas. Vai ser comer, dormir e trabalhar, espero aguentar-me, bem me lembro do que passei e não foi agradável. Contudo!

Sinto-me assim fresquinha, apetecia-me fazer pãezinhos com linguiça e acho que ainda irei fazer, apetece-me mesmo, sinto-me criativa hoje.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A roda gira e volta a girar!


Hoje estou, particularmente, pensativa...

Não sei, as vezes é-me complicado lidar com tudo ao mesmo tempo. Escola, trabalho, amigos, família, tudo exige imenso de mim e ressinto-me de não conseguir estar à altura das expectativas de ninguém.

Chega a ser deprimente e frustrante ao mesmo tempo.

Mal posso esperar por ter uma casinha "minha". Não que aqui não tenha todo o conforto e regalias típicas de qualquer pessoa que vive com os pais e tem os mimos todos mas, sinceramente, não é saudável e não sinto que seja benéfico para mim.
Preciso de tratamento de choque, preciso de um espaço meu e responsabilidade à chapada. Talvez com a maioria das pessoas não funcione mas é assim que eu sou, se não for assim, não o é de maneira nenhuma, infelizmente.
Vai ser tão bom andar pela casa como quero, sem ter que me preocupar se estou vestida ou não... Posso comer as horas que quiser, posso lavar a loiça no dia seguinte, posso usar a casa de banho a bel-prazer... E posso ser eu a tratar da roupa da cama! Da loiça! Até pagar as contas, nem disso me importo!

Custa-me ver o mundo a mudar à minha volta e ficar parada no mesmo sitio a pensar no que "quero fazer" ou no que "poderia ter feito".
Arrependo-me de muitas coisas na minha vida mas mesmo assim, sei que me fizeram aprender muita coisa sobre o mundo e as pessoas nele existentes.
Sei que amar é doce como o mel mas sei também que pode doer como uma ferroada de abelha, se não o soubermos tratar convenientemente.
Sei também que tudo tem o seu tempo e quando mais tentamos apressar as coisas mas o tempo passa devagar e adiamos o que queremos.

A expressão "O tempo cura tudo" é bem verdade.
Ainda ontem estava a chorar pela minha, auto-infligida, solidão e agora estou radiante por ter alguém que me dá a mão no escuro mesmo que não esteja ao meu lado.

Ele vale a pena, ele é muito especial para mim.
Ele é daquele tipo de pessoas dadas, que da sem pedir nada em troca e dá tudo por um sorriso das pessoas de quem gosta e lhe são importantes. Onde é que se encontra hoje em dia gente assim? Onde raio é que fui desencantar uma preciosidade destas?

Vale a pena lutar por ele e por ser uma pessoa melhor para ele e para mim mesma. Ele da-me forças para crescer e querer viver, para ter um futuro que possamos os dois partilhar confortavelmente e sem dificuldades.

Ele afasta do meu pensamento qualquer ideia parva de desistir de viver.

Só alguém muito especial me libertaria desta depressão e me poria em marcha para acabar o secundário, para arranjar um emprego, alugar uma casa e ter IRS!

No entanto, é difícil não ter medo, porque "Quando a esmola é grande, o pobre desconfia".
Não por ele me ajudar e apoiar mas é só que ele parece ser O tal e, não me assusta, apenas me deixa com medo de fracassar e deixar fugir essa oportunidade única... Mas não! Não mais falhar, muito menos deixa-lo fugir! Homens assim não são como os cogumelos que nascem em todo o lado!

Eu sei que mereço algo com na minha vida mas sei também que vai dar trabalho a ter tudo o que quero e vai levar tempo. Pois que venha! Já ninguém me tira do meu rumo!



Felicidades!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Geometria, Descritiva como eu te amo...

Ou talvez não...

Geometria, o pesadelo para muitos alunos dos cursos gerais de artes nas escolas portuguesas...
Sinceramente, ainda me lembro bem demais de ter que engolir geometria durante 3 anos, do 10º até ao 12º e, no final, ter um exame hediondo que só me apetecia cortar os pulsos...

Geometria Descritiva é para mim uma matéria até bastante divertida, eu até gosto de ter que fazer cálculos mentais e andar ali à procura de pontos que se pensa serem imaginários mas por amor da santa, não me calhou um único professor de jeito!

Uma tinha problemas mentais, graves, pelos vistos, que se pedia uma ajuda e nos mandava passear...

O que se lhe seguiu, não dava aulas faz... 14 anos? E nem sabia para que lado eram as abcissas!

A ultima... Bem, acho que ela achava que eu era velha demais para ter salvação ou andar no 10º ano... Provavelmente queria a reforma e sentia-se frustrada por ainda não a ter e aturar alunos do secundário mas que culpa tinha eu??

Enfim, não tenho aversão a Geometria Descritiva, apenas preciso de um bom explicador ou alguém que me oriente...
O cúmulo dos cúmulos é que já não preciso dela para ingressar nas belas artes! Agora preciso de uma disciplina há qual tinha média de 19 mas só se receber equivalência e francamente, preciso de fazer o Exame de Desenho A...

Bem, pelo menos já cá canta um bom exemplar de "Preparação para o Exame Nacional - 2010 11º - Geometria Descritiva A" da Porto Editora. Um achado no super-mercado do Continente, bem-dita a hora que resolvi ir ver livros lá! Já para não falar que acabei por ter que comprar um esquadro e um compasso, coisas que já nem sei como funcionam! Ahahahah!


Bem, acho que vou deitar mãos à obra.

Weeeeee! Cuidado comigo que estou louca!


Hoje acordei com muita energia! Agarrem-me que estou um furacão! Quero sair, quero fumar um bom cigarro, beber um café e ler o jornal! Quero pintar e escrever uma porra qualquer! Andei a ver apartamentos para alugar lá para cima mas só gostei de um e não é nada caro, com uma boa localização e equipado!

Hey, uma pessoa precisa de um fogão e de um frigorífico, não? Maquina de lavar também era fixe! Bem, não me posso queixar muito da renda, que até é bem acessível para um T1 equipado.
Espero conseguir o Porta 65, ou um plano de ajuda do governo qualquer, era bom. Por falar nisso, tenho que ver do cartão jovem, visto que dá jeito até para as viagens no inter-cidades.

Planos de hoje? Ainda tenho que voltar para ter pelo menos uma aula de código, visto que tenho até ao final deste mês para acabar, pois prometi-lhe que o faria.
Talvez procure trabalho na H&M ou numa loja assim grande, com atendimento ao publico, porque eu adoro fazer isso! Já para não falar que uma loja de decoração seria ainda melhor para mim, mesmo que fosse uma lojinha de rua, já ficava contente!

Ah e já sei o que vou fazer para além de trabalhar, mal acabe o 12º ou até mesmo antes:
Que tal... Assistente de Clínica Veterinária? O Instituto de Ciências de Saúde do Porto tem este curso e até é bastante acessível a nível de preço, total de 450€ e tem horário Pós-laboral, o que é muito bom! Eu sempre gostei de lidar com animais e sempre quis trabalhar em contacto com eles, portanto era uma boa oportunidade.

Se correr tudo bem, vou ter a vidinha bem encarreirada e sempre faço algo que gosto, perto de quem gosto!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Entrada em 2010 e a agenda deste ano


Sogros! Passagem de ano!

Honestamente, não sei porque é que os sogros metem tanto medo... Se são os pais da pessoa que amamos, ou que pelo menos deveria ser assim, deveríamos vê-los como um segundo par de pais, bem, talvez não tanto...
Há os sogros que nos adoram, há outros que nos metem um carimbo na testa mal nos vêm, há aqueles que acham que os filhos merecem melhor, há aqueles que acham que somos muita areia para o camião dos filhotes... Nunca ninguém está satisfeito. Ou é porque somos altos ou gordos, ou porque ganhamos menos que eles no final do mês, é porque temos as unhas pintadas de vermelho ou porque não acreditamos em Deus...

Há momentos, em que me apetece meter num buraco ou andar com um saco na cabeça pela casa fora, mas aquele não foi nenhum deles. (Também com a quantidade de amuletos que tinha atrás, não admira...)

Os pais delem foram cordiais comigo, mesmo sendo uma Lisboeta (digo isto, porque a maioria dos Lisboetas pensa que tudo o que é de fora de Lisboa, é bronco ou ignorante, o que se revela ser totalmente o contrario.) e tendo o aspecto, não tão usual, que tenho.


A tia Né é um espectáculo, daquelas tias galinhas que nos tratam logo como filhas e gostam de falar para que nos sintamos à vontade, é raro encontrar pessoas assim. Correu melhor do que eu esperava, a irmã dele tinha razão, eu estava toda stressada por nada e sem motivos, as vezes devíamos ouvir os mais velhos nestas coisas simples...
Ora a irmã dele é daquelas mulheres fortes de espírito e muito doce, compreensiva e realista, gostei muito dela e acho que ele é mesmo um rapaz com muita sorte. Não me posso queixar do meu irmão mas sinto um pouco de inveja dele, eles dão-se tão bem e o amor deles é tão puro e fraternal que até dá gosto... Ele confia muito nela, acho que é a sua melhor amiga desde sempre, o que me conforta e me deixa mais descansada, se ele precisar de algo, tem nela uma aliada.


Mas bem! Correu tudo bem, comi um bacalhau com batatitas e azeite óptimo! Mesmo daquele bacalhau gordo e salgadinho, yummy! Outra coisa boa é que aquela família come bem, por isso não tenho que me sentir mal.

Ahahahaa...
Bem, acabamos a jogar "Bang" em casa de uns amigos da Ana e do Miguel, foi giro, embora eu seja super-má a interacção com outras pessoas... Pensando bem, foi das minhas melhores passagens de ano, mesmo com os meus nervos parvos.

Ora bem então o que fazer para 2010:


Primeiro, tenho que acabar com esta estúpida depressão, porque sinceramente, já ando um bocadinho farta de me sentir assim "morta" e sem vontade de nada, sempre cansada e que a altura do dia que mais gosto seja a que pior me põe.
Para isso preciso de um trabalho, algo que me ocupe, talvez volte a pintar, talvez... tenho telas para comprar e coisas que quero experimentar. Afinal tenho tempo e ainda podia financiar a minha mudança para o Norte;

Bem... Carta de Condução! Sim, aquele que daqui a nada já lá vão 2 anos... Ai que tristeza... Ir todos os dias também iria ajudar e para mais quando mais estudar mais ocupo a cabeça! Odeio código mas a condução é o que mais me enerva... Porque os instrutores têm sempre a mania que temos uma visão horrível, ou que não sabemos o tamanho do carro, mesmo depois de andarmos quinhentas vezes nele!


Emagrecer, daria jeitinho, bem, pelo menos uns 20quilos... Para começar! Mas isso com o trabalho e o andar de um lado para o outro vai lá, espero eu, também vou estar fora da casa dos papás, ou seja, mais coisas para fazer!


Acabar o 12º e candidatar-me a um curso ou faculdade, não era mau de todo a ideia, e também era um orgulho que dava a mim mesma e ao menos, mais uma ocupação, já para na falar que até tenho condições para o fazer! Ai maldita Geometria! Grrrrr!


Deixar de fumar era Nice mas... Gosto demasiado para o fazer, quem sabe...



Enfim! Bom 2010, gente!